Eles foram presos na quinta-feira (30), em Uberlândia, após exame do IML indicar maus-tratos. Inicialmente a morte foi dada como acidental, causada por queda. Adolescente de 17 anos cuidava da menina quando o caso foi registrado

Foram presos na quinta-feira (29) os pais da bebê de um ano que morreu na tarde de quarta-feira (28) vítima de traumatismo craniano encefálico, possivelmente causado por maus-tratos. A adolescente de 17 anos, que cuidava da menina no momento em que ela começou a passar mal, foi apreendida.

Segundo o delegado-chefe da Polícia Civil, Marcos Tadeu de Brito, os pais devem responder pelo crime de homicídio qualificado por omissão e a adolescente por ato infracional análogo ao mesmo crime.

A adolescente foi encaminhada para o Centro Socioeducativo de Uberlândia e o casal para o Presídio Professor Jacy de Assis.

Eles foram ouvidos nesta quinta, após o exame de autópsia do Instituto Médico Legal (IML) indicar que lesões que levaram a morte da bebê foram causadas por maus-tratos.

Segundo o delegado Marcos Tadeu, inicialmente a morte da criança foi dada como acidental causada por queda do carrinho de bebê, quando foi levada pelo pai para a Unidade de Atendimento Integrado (UAI) do Bairro Planalto.

Ao constatar a possibilidade de agressão, o IML acionou departamento de homicídios da Polícia Civil.

Ainda conforme o delegado Marcos Tadeu, os pais da bebê são usuários de drogas e a principal suspeita é que a adolescente tenha agredido a menina após “perder a paciência” com ela, causando o traumatismo.

O exame do IML constatou que a criança tinha hematomas no corpo que apontavam para agressões em diferentes datas, não apenas na véspera e no dia da morte, mas também em datas anteriores.

De acordo com o boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar, os pais e a adolescente, inicialmente, afirmaram que a criança caiu duas vezes do carrinho de bebê na terça (27) e na quarta (28). A adolescente disse, ainda, que a criança passou mal na manhã de quarta e teve uma convulsão.

O pai levou a criança à UAI Planalto na tarde do mesmo dia, logo após ser informado da convulsão, e chegou ao local alegando que a criança estava desacordada há 15 minutos. Ainda de acordo com o registro, a criança apresentava hematomas no rosto, dorso e abdome e dilatação anormal das pupilas.

(Com informações, G1)