A greve está completando nesta quinta-feira (12), sete dias no estado de Goiás e quatro dias em Catalão.

Os eletricitários que prestam serviços a empresas terceirizadas da Equatorial Goiás, responsáveis pela manutenção da rede de energia elétrica no estado, iniciaram uma greve geral na última sexta-feira (6). A paralisação começou em Goiânia e se expandiu para outras cidades de Goiás. Na segunda-feira (9), trabalhadores da empresa terceirizada, em Catalão, também aderiram ao movimento após reunião com representantes do Sindicato SINDTELGO.
Os grevistas reivindicam um reajuste salarial de 35%, além de aumento no vale-alimentação e melhorias nas condições de trabalho. O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) sugeriu um reajuste de 15% e um aumento de R$ 50 no vale-alimentação, mas não houve acordo. Diversas rodadas de negociação foram realizadas, incluindo as dos dias 2, 4 e a mais recente na terça-feira (10), porém, as propostas, incluindo uma oferta de reajuste de 3,69% e aumento do vale-alimentação para R$ 35, foram rejeitadas pelos trabalhadores.
A Equatorial Goiás informou que a greve envolve apenas funcionários terceirizados, enquanto os empregados diretos continuam realizando os serviços de manutenção normalmente.

Durante a audiência desta terça-feira (10), o vice-presidente do TRT-GO, desembargador Eugênio Cesário, ressaltou a necessidade de valorização dos trabalhadores: “Não é possível admitir a depreciação remuneratória, mesmo em se tratando de terceirizados”, afirmou. A audiência também contou com a participação da desembargadora Wanda Lúcia Ramos, coordenadora do Centro Judiciário de Métodos Consensuais de Solução de Disputas (Cejusc) de 2º grau, que buscou mediar um acordo, mas sem sucesso.
IMPACTOS DA GREVE

Em Catalão, apenas uma das empresas terceirizadas aderiu à greve, 50% das atividades não essenciais foram suspensas, enquanto na capital, Goiânia, todas as empresas terceirizadas aderiram à greve. No estado, ficou definido que 50% do efetivo será mantido para atender demandas urgentes, como manutenções emergenciais na rede elétrica. Esse contingente poderá ser ampliado em casos de emergência.
Dione Oliveira, presidente do SINDTELGO, destacou a gravidade da situação: “Nossa luta é para trazer dignidade aos eletricitários. Nos últimos 90 dias, perdemos cinco colegas em acidentes de trabalho. Não podemos continuar rifando a vida dos trabalhadores”.
PRÓXIMOS PASSOS
Com o impasse nas negociações, o caso será submetido ao Tribunal Pleno do TRT-GO, que poderá decidir, por meio de sentença normativa, sobre o reajuste salarial e outros benefícios dos trabalhadores terceirizados. Essa decisão substituirá a convenção coletiva vigente e será aplicada a todos os eletricitários terceirizados do estado.
SEGUE NOTA DA EQUATORIAL:
A Equatorial Goiás informa que acompanha as negociações entre empresas parceiras e seus colaboradores para que as tratativas avancem e as partes envolvidas cheguem a um acordo.
A concessionária reforça que as negociações não se referem ao seu quadro de colaboradores próprios e que o acordo coletivo desta categoria foi firmado com o sindicato em maio deste ano.
Por fim, a Equatorial Goiás reitera sua confiança no diálogo e na Justiça para a garantia do quantitativo de colaboradores necessários visando a manutenção da operação, sob pena de comprometimento da prestação de serviço à população e do trabalho de recuperação da rede de distribuição que está andamento em todo o estado.
Assessoria de Imprensa Equatorial Goiás
CONFIRA NOTA DO SINDICATO DOS TRABALHADORES:
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