Réus que mataram jovem por engano em festa são condenados a mais de 13 e 16 anos de prisão após júri popular em Catalão

Vítima foi confundida com outra pessoa por usar roupas semelhantes; crime foi cometido a mando de facção criminosa, segundo o Ministério Público

Vítima: João Osvaldo Gonzaga Monteiro, 21 anos (Foto: Reprodução/Arquivo família)

Dois homens, de 18 e 23 anos, foram condenados nesta quinta-feira (24) pelo Tribunal do Júri da Comarca de Catalão (GO) pelo assassinato de João Osvaldo Gonzaga Monteiro, de 21 anos. A vítima foi morta por engano na madrugada de 19 de maio de 2024, no estacionamento de uma chácara de eventos às margens da rodovia GO-050. Segundo o Ministério Público, os autores confundiram João com outra pessoa e atiraram contra ele.

O réu de 18 anos foi condenado a 13 anos e 10 meses de prisão. Já o réu de 23 anos recebeu pena de 16 anos, 4 meses e 15 dias de reclusão. Ambos cumprirão a pena em regime fechado e foram condenados por homicídio qualificado e corrupção de menores, uma vez que dois adolescentes participaram da ação criminosa.

O júri reconheceu que o crime foi praticado por motivo torpe — por ordem de facção criminosa — e com recurso que dificultou a defesa da vítima. João foi atingido por três disparos de arma de fogo no rosto e na nuca, de forma repentina, enquanto participava de uma festa, sem chance de reação.

De acordo com a denúncia, os acusados e seus comparsas estavam no local para cometer um homicídio previamente determinado, mas acabaram executando a vítima de forma equivocada por conta da semelhança nas vestimentas. Após os disparos, os envolvidos fugiram do local em um veículo Honda Civic.

Na sentença, o juiz Felipe Sales Souza determinou ainda o pagamento de uma indenização mínima de R$ 20 mil à família da vítima. Os réus também foram condenados ao pagamento das custas processuais.

A decisão judicial determina a execução imediata da pena, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal para condenações em júri popular, independentemente do recurso.