Lázaro ficou em um quarto quando a PM chegou a esconderijo

Policial viu um vulto na janela da casa ao se aproximar da fazenda onde estava o maníaco. Caseiro preso confirmou que se tratava do foragido

(Foto: Igo Estrela/ Metrópoles)

Um policial que participou da prisão das duas pessoas apontadas como cúmplices do foragido Lázaro Barbosa, 32 anos afirmou que viu um vulto na mata, perto da fazenda dos investigados. A detenção dos acusados de dar suporte ao suspeito de matar quatro pessoas de uma mesma família no Distrito Federal, em 9 de junho, ocorreu na tarde dessa quinta-feira (25/6), em Girassol (GO). Acusado de cometer crimes brutais, como latrocínio, estupro e homicídios, o maníaco foge de centenas de policiais há 17 dias.

As duas pessoas apontadas pela polícia que teriam dado guarida a Lázaro são: Elmi Caetano Evangelista, 74 anos; e Alain Reis de Santana, 33. O idoso é dono da chácara situada na área rural de Girassol (GO), e Alain seria o caseiro dele. Desde as prisões, que ocorreram no fim da tarde dessa quinta, a propriedade está cercada por integrantes da força-tarefa.

O policial alegou que estava em uma missão para conscientizar o dono da fazenda da importância da permissão para a entrada das forças de segurança pública na propriedade, uma vez que ele as teria impedido no dia anterior.

Quando a equipe se aproximava da sede da fazenda, no alto de uma colina, o PM viu o vulto de um homem na janela da sede. Continuaram a descida em direção à casa e, lá, falaram com o caseiro. Perguntaram se o proprietário estava no local, e o funcionário alegou estar sozinho.

Na janela onde foi visto o vulto, não havia mais ninguém. Na Central de Flagrantes, enquanto o caseiro era ouvido pelo delegado, ele confessou que, quando Lázaro percebeu que a equipe se aproximava, se escondeu em um quarto, dentro de um depósito, cuja janela ficava voltada para a lateral da fazenda. Exatamente o local onde o policial viu o vulto.

O caseiro confirmou ser Lázaro, onde permaneceu até a saída dos militares. Em seguida, Lázaro saiu da casa e correu em direção a um bambuzal, nos fundos da propriedade.

Em depoimento, Alain também informou que Lázaro estava e fazendo refeições, como almoço e jantar, diariamente na sede da fazenda, com o consentimento de Elmi Caetano. Relatou, ainda, que a mãe de Lázaro Barbosa trabalhou como caseira para Elmi e que, quando o maníaco, estava preso, o dono da propriedade ajudava financeiramente a família dele.

Trancas

Outro policial informou que, na quinta-feira, uma equipe da PM, ao chegar à propriedade de Elmi, observou que a primeira porteira estava fechada com cadeado. Estranhou a situação, porque os demais fazendeiros deixaram os acessos abertos a fim de facilitar o serviço policial. Resolveu, então, prosseguir a pé com a equipe para dentro do terreno.

Em nenhum momento, os militares violaram a tranca. Eles se arrastaram por debaixo da porteira. Novamente, encontraram uma segunda porteira fechada com cadeado, repetindo o procedimento de avançar na chácara sem arrebentar as trancas.

Com informações Metrópoles

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