La Niña: entenda o fenômeno e seus impactos – por Gabriel Peixoto

Gabriel Peixoto é geógrafo, especialista em Fertilidade, Manejo de Solos e Nutrição de Plantas, além de ser uma referência regional na utilização de drones

Gabriel Peixoto é geógrafo, especialista em Fertilidade, Manejo de Solos e Nutrição de Plantas, além de ser uma referência regional na utilização de drones – Foto: Arquivo pessoal

Na semana passada, o NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA) confirmou as condições climáticas para a formação do fenômeno La Niña. Mas, afinal, o que isso significa?

A La Niña ocorre com o aumento da intensidade dos ventos alísios — ventos úmidos que se deslocam das áreas subtropicais (de alta pressão atmosférica) para a faixa equatorial central e centro-leste do Oceano Pacífico (de baixa pressão atmosférica). Esse movimento provoca um resfriamento igual ou superior a 0,5°C nas águas do oceano. O fenômeno costuma ocorrer a cada 3 ou 5 anos.

No Brasil, a La Niña geralmente causa aumento de chuvas nas regiões Norte e Nordeste, enquanto no Centro-Sul o tempo tende a ser mais seco, com chuvas irregulares. O fenômeno também cria condições mais favoráveis para a entrada de massas de ar frio no país, resultando em maior variação de temperatura.

De acordo com o NOAA, “as condições de La Niña estão presentes e devem persistir de fevereiro a abril de 2025 (59% de chance), com uma transição para ENSO neutro provável entre março e maio de 2025 (60% de chance)”. Isso sugere um fenômeno de menor intensidade este ano, que deve perder força até o outono, levando ao estado de neutralidade do Pacífico. A possibilidade de ressurgimento do El Niño ainda este ano não está descartada. Em 13 de fevereiro, o NOAA deve disponibilizar uma nova avaliação sobre o cenário.

Embora a La Niña esteja presente, prevê-se chuvas consideráveis neste verão na região Centro-Oeste, seguidas de uma diminuição gradual até o período de estiagem. As temperaturas também devem ser mais amenas em comparação ao ano passado.

Até o momento, em 2025, já choveu mais de 170 mm em Catalão, segundo dados do Laboratório de Climatologia do IGEO da UFCAT.

Sobre Gabriel Peixoto

Gabriel Peixoto é geógrafo, especialista em Fertilidade, Manejo de Solos e Nutrição de Plantas, além de ser uma referência regional na utilização de drones. Atua como Conselheiro Municipal de Saúde e Assessor de Expansão da FAJE-GO.

Na área climática, já foi professor universitário de Agrometeorologia para o curso de Agronomia.

Para mais informações, Gabriel Peixoto pode ser contatado pelo telefone (64) 99338-3163 ou pelo Instagram: @gabriel.peixoto.go