Mauro Correia, presidente da montadora, disse que a missão é atingir esse volume em um curto espaço de tempo

São Paulo – Com o investimento de R$ 4 bilhões programados até 2032 a HPE Automotores, fabricantes de modelos Mitsubishi e Suzuki, almeja alcançar a produção de 50 mil veículos por ano na fábrica de Catalão, GO, mais do que o dobro do volume registrado no ano passado, menos de 20 mil unidades. Segundo seu CEO Mauro Correia a ideia é crescer a produção ano a ano.
“Nosso planejamento é produzir 21,6 mil veículos em 2024. A fábrica tem capacidade para 120 mil unidades, por isso temos o desafio de crescer os volumes em um curto espaço de tempo, para bem manter a nossa operação local.”
O volume projetado para 2024 representa aumento de 9,6% com relação a 2023. Para chegar às 50 mil unidades a HPE trabalha em alguns pontos chaves, como a expansão da sua rede de concessionárias, apostando na entrada de novos grupos experientes para puxar o crescimento.
Os fornecedores também são considerados peça fundamental no plano. Segundo Correia as compras de peças e componentes crescerão em 2024 para R$ 1,1 bilhão, alta de 10% sobre o R$ 1 bilhão investido no ano passado. Também está em curso um forte trabalho de nacionalização de componentes para ajudar na produção de novos veículos nos próximos anos.

Edenílson Ducatti, diretor da fábrica goiana, disse que existe busca por itens como pneus, vidros, bancos, rodas e sistemas de exaustão, por exemplo. A intenção é que os fornecedores ajudem a HPE a investir no processo de nacionalização com a compra e o desenvolvimento da parte ferramental.
Esse trabalho deverá ganhar força nos próximos meses uma vez que a HPE mostrará até o fim do ano o primeiro veículo nacional do investimento de R$ 4 bilhões e precisa expandir a base de conteúdo local. Alguns fornecedores já foram nomeados, mas segundo o vice- presidente da HPE, Reinaldo Muratori, o novo modelo ainda tem porcentual de peças locais muito abaixo do que a empresa gostaria.
O diretor da fábrica revelou que itens como bloco do motor, pistão, sistema de freios e sistema de alimentação de combustível são bem mais difíceis de serem localizados: “A matriz exige uma lista de requisitos técnicos muito grande e por isto é complicado encontrar um fornecedor que atenda todas as necessidades com um custo viável para tornar o item nacional”.

A HPE já tentou localizar a produção destes itens no passado e não conseguiu e, atualmente, prefere importar e focar na procura de parceiros de outras peças e componentes.
Até a metade de 2025 a HPE lançará o seu segundo modelo previsto no plano de investimento, que será um híbrido plug-in, mas importado. Em julho haverá uma reunião com a matriz para definir os próximos modelos que serão produzidos localmente e ajudarão a increment o volume de produção em Catalão.
A companhia também negocia para nacionalizar produtos da Suzuki, que considera uma marca com potencial para o mercado brasileiro e atualmente conta com apenas um modelo em seu portfólio, o SUV Jimny, importado do Japão.

Além dos novos veículos nacionais e importados que virão para o Brasil o investimento também contempla o desenvolvimento de motores híbridos flex, aumento da capacidade produtiva, compra de novos equipamentos e capacitação e expansão da mão de obra.
Com informações Auto Data.
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