Ginecologista indiciado por crimes sexuais contra pacientes é preso suspeito de violência doméstica

Suspeito era monitorado por tornozeleira eletrônica. De acordo com a delegada, homem cometeu posse sexual mediante fraude contra as pacientes.

Delegacia em Catalão, Goiás — (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Um ginecologista indiciado por crimes sexuais contra pacientes foi preso após descumprir uma medida protetiva solicitada por sua ex-companheira, que o denunciou por violência doméstica em Catalão. A delegada Yvve Rocha, responsável pelo caso, informou que, além da acusação de violência doméstica, o médico responde a dois processos por crimes sexuais.

A reportagem entrou em contato com a defesa do suspeito (confira nota no final da matéria). A reportagem também contatou o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), que não retornou até a última atualização deste reportagem.

A prisão do suspeito ocorreu na terça-feira (29). Segundo a delegada, uma das investigações sobre os abusos sexuais foi concluída e encaminhada ao Judiciário em junho, e a outra, em agosto deste ano. O suspeito era monitorado por tornozeleira eletrônica.

Segundo a delegada, o homem cometeu o crime de posse sexual mediante fraude. De acordo com o Código Penal, esse crime ocorre quando há conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém, usando fraude ou qualquer meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima.

Em relação à medida protetiva, o suspeito violou a proibição de manter contato com a ex-companheira, conforme a Polícia Civil.

NOTA DA DEFESA À IMPRENSA:

“Na qualidade de advogado do Doutor, venho a público esclarecer os fatos relacionados à sua atual situação legal:

1. O Dr. encontra-se temporariamente sob custódia devido a uma alegação de descumprimento de medidas protetivas requeridas por sua ex-esposa, no qual sequer houve qualquer violência doméstica, mas apenas a determinação para afastamento do lar. É fundamental ressaltar que esta detenção não está relacionada a quaisquer acusações de crimes sexuais.

2. Contrariamente às informações veiculadas por alguns meios de comunicação, o Dr. não foi preso por “vários estupros”. Tais afirmações são infundadas e potencialmente difamatórias.

3. Existe, de fato, uma denúncia isolada relacionada a um suposto incidente durante uma consulta médica. No entanto, é crucial enfatizar que, neste momento, trata-se apenas de uma alegação que será devidamente investigada e contestada nos foros apropriados.

4. As notícias sobre “vários outros casos” sob investigação são, até onde temos conhecimento, especulativas e carecem de fundamentação factual.

5. O Dr. aguarda sua audiência de custódia, onde teremos a oportunidade de apresentar nossa defesa referente à alegação de descumprimento das medidas protetivas.

6. Reiteramos que o Dr. nega veementemente qualquer conduta imprópria ou criminosa e está cooperando plenamente com as autoridades para esclarecer todos os fatos.

7. Solicitamos respeitosamente que a imprensa e o público em geral se abstenham de fazer julgamentos precipitados e aguardem o devido processo legal, onde todos os fatos serão devidamente apurados e esclarecidos.

8. O Dr. tem uma carreira médica respeitável de mais de duas décadas, dedicada ao cuidado e bem-estar de seus pacientes. Confiamos que sua reputação será preservada ao final deste processo.

Permanecemos à disposição para esclarecimentos adicionais, sempre respeitando os limites éticos e legais que regem nossa profissão.

Dr. Fausto Freire de Mesquita

Advogado de Defesa”

COM INFORMAÇÕES G1 GOIÁS.