Com novas tecnologias, maior capacidade e presença em grandes feiras, drones deixam de ser promessa e passam a integrar a realidade da agricultura brasileira

Os drones agrícolas estão deixando de ser uma tendência e se consolidando como realidade no agronegócio brasileiro. Essa é a percepção do geógrafo Gabriel Peixoto, especialista em Fertilidade, Manejo de Solos e Nutrição de Plantas, que visitou a Tecnoshow Comigo 2025, em Rio Verde (GO), a segunda maior feira do setor no país, e compartilhou suas impressões sobre o avanço da tecnologia nas lavouras.
Durante a visita, Gabriel pôde conferir de perto pelo menos quatro estandes voltados exclusivamente à comercialização de drones. Segundo ele, o que mais chamou atenção foi a presença de empresas tradicionais de maquinário agrícola atuando no mercado de aeronaves remotamente pilotadas. “Muitas estão revendendo modelos já conhecidos, como os das marcas DJI e XAG, mas algumas estão indo além, como a CASE, que promete apresentar seu próprio modelo de drone ainda este ano, durante a Agrishow, em Ribeirão Preto”, destaca.
A popularização dos drones no campo tem sido impulsionada por fatores como o baixo custo operacional, redução de danos às plantações, já que não há amassamento das culturas, e a crescente capacidade de carga. Atualmente, já há expectativa de lançamentos de modelos com tanques para até 70 litros de calda, o que amplia consideravelmente a eficiência em aplicações de defensivos e fertilizantes.
Mas a pergunta que muitos produtores ainda fazem é: vale a pena investir em drones? Eles vão substituir tratores, autopropelidos e aviões agrícolas?
Para Gabriel, a resposta depende do perfil de cada produtor e da operação. “Os drones ainda perdem em produtividade, mas são altamente viáveis por outros atributos. O custo de aquisição é menor, a mobilidade é maior e o impacto ambiental e físico na lavoura é reduzido. Eu não vejo os drones como substitutos, e sim como aliados. Eles vieram para somar e não para excluir outras tecnologias”, explica.
Nos Estados Unidos, as inovações vão além dos modelos rotativos. Um exemplo citado por Gabriel é o Pyka Pelican Cargo Spray, um drone de asa fixa, elétrico, com capacidade para 340 litros de calda e alcance de 60 hectares por hora. O modelo mostra o potencial de expansão da tecnologia e indica que o futuro da agricultura de precisão pode estar mais próximo do que se imagina.
Além de ser referência regional no uso de drones, Gabriel Peixoto também atua como Conselheiro Municipal de Saúde e Assessor de Expansão da FAJE-GO, e acompanha de perto o impacto da tecnologia no desenvolvimento rural.
Para mais informações sobre o uso de drones na agricultura ou consultorias, Gabriel pode ser contatado pelo telefone (64) 99338-3163 ou pelo Instagram @gabriel.peixoto.go.
(Por Gabriel Peixoto – Especial para reportagem)