Mãe conta que menina não consegue dormir, pois remédios não fazem mais efeito. Justiça determinou que estado forneça atendimento adequado, mas providências ainda não foram tomadas.

A mãe da pequena Maria Luiza Borges da Silva, de 4 anos, está angustiada para conseguir uma cirurgia para a filha, que tem um tumor ósseo no antebraço direito. Moradora de Pires do Rio, na região sudeste de Goiás, a auxiliar de laboratório Mariane Pereira da Silva, de 32 anos, conta que a menina chora de dor todos os dias.
“Eu preciso de uma solução porque não aguento mais ver minha filha passando por isso. Ela não consegue dormir, eu também não consigo por ver ela chorando e não poder fazer nada”, afirmou.
O secretário de Saúde do município, Bruno Maia, afirmou que a Secretaria de Saúde de Pires do Rio entrou com um pedido na Justiça para obrigar a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) a fornecer o tratamento adequado para a criança, mas que até a tarde desta segunda-feira (20) a vaga não tinha sido liberada.
“A vaga tinha saído no início do mês de outubro, mas o estado informou que não tinha cirurgião competente para realizar o procedimento, que iria atrás, mas como demorou demais, nós entramos com o mandado de segurança”, afirmou o secretário.

Na decisão judicial do dia 28 de novembro, o juiz Sérgio Mendonça de Araújo determinou que o “Secretário da Saúde do Estado de Goiás adote providências no sentido de providenciar a imediata internação da paciente para atendimento especializado, na rede pública ou conveniada, possibilitando a realização de tratamento adequado para o seu quadro de saúde”.
O magistrado afirmou ainda que o tratamento inclui procedimento cirúrgico, conforme as recomendações médicas e que a medida deveria ser acatada em 24 horas, sob pena de o estado ter de se responsabilizar pelo custeamento de todo o tratamento na rede particular. Porém, como conta a mãe da menina, nenhum retorno foi dado desde então.
“Por sentir muita dor, ela vive a base de remédios, mas eles não estão resolvendo mais. Ela continua sentindo dores e, por conta dos medicamentos, está com dificuldade até para comer. Eu só quero ver minha filha livre disso”, disse.
A mãe conta que a filha foi diagnosticada com a doença quando tinha 2 anos. Desde então, a menina já passou por vários exames, que comprovaram que ela tem um tumor ósseo com processo inflamatório no antebraço direito, o que causa dores constantes, que não são sanadas com medicamento, sendo a cirurgia o melhor caminho.

Com informações G1 Goiás
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