Coordenadora que apanhou de mãe de aluna fica frente a frente com agressora durante audiência em Catalão

Ministério Público realizou uma audiência para tentar um acordo entre a professora Vanessa Bittencourt, coordenadora agredida pela mãe de uma aluna, e a mulher que a agrediu, em Catalão, na região sudoeste de Goiás. Sem conciliação, o MP pediu para a Polícia Civil desenvolver novas diligências e remarcou um novo encontro para o próximo mês. Nenhuma das duas quis dar entrevista.

O advogado da mulher que responde pelas vias de fato, Arnaldo Moisés Fernandes, alega que a cliente só agrediu a coordenadora, pois a mesma havia ofendido a mãe da aluna. “Vamos trabalhar na tese da legítima defesa, da honra da filha. Salvo engano, houve uma ofensa moral de uma menor de idade”, disse.

Já o advogado da professora, André Franco, espera que a mulher seja responsabilizada pela agressão. “Foi feita a diligência de que agora a autoridade policial, o delegado, vai ouvir as testemunhas do caso. Que ela possa, sim, ser responsabilizada pelo ato que cometeu”, ressaltou.

A audiência foi realizada na tarde de quinta-feira, no Fórum Frederico Campos, em Catalão. A sessão durou cerca de 40 minutos e foi mediada por uma promotora de Justiça. Como não houve acordo, o Ministério Público solicitou novas investigações por parte da Polícia Civil e remarcou uma nova audiência, que deve acontecer dentro de 30 dias.

O caso aconteceu no dia 5 de setembro, no Colégio Estadual Dona Iayá, em Catalão. Vanessa é coordenadora da unidade e denuncia que foi agredida pela mãe de uma aluna após chamá-la para conversar sobre a conduta inadequada da adolescente. Por sua vez, a mãe da estudante disse à Polícia Civil que também foi vítima de lesões. Fotos divulgadas pela coordenadora mostram lesões nas costas, orelha e na cabeça dela.

 ”A coordenadora disse que a mãe a chamou de incompetente, que não sabia lidar com adolescente e partiu para cima e começou a agredi-la, puxar cabelo, tapa e bateu a cabeça dela contra o chão. A mãe ficou em cima, e a coordenadora tentava se levantar e não conseguia”, relatou ao G1 o delegado responsável pelo caso, Vagner Sanchez Pedroso.

Em nota, a Secretaria Estadual de Educação, Cultura e Esporte (Seduce) informou, na época do fato, que estava colaborando com as investigações e que realiza o programa chamado “Repacificar”, justamente para promover a paz dentro das instituições de ensino.

Fonte: G1 Goiás

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