Fenômeno, que despertou preocupação entre os moradores, resulta da combinação de queimadas na região e no estado de São Paulo e avanço de frente fria; visibilidade está comprometida e temperaturas devem cair nos próximos dias.

O céu de Catalão (GO) e região amanheceu neste domingo (25) encoberto por uma densa camada de fumaça, alarmando os moradores que inicialmente pensaram se tratar de um nevoeiro típico do inverno. Contudo, o cheiro forte de fumaça dissipou qualquer dúvida: o fenômeno é resultado da combinação de incêndios e queimadas que vêm ocorrendo nos últimos dias na região e no estado de São Paulo, além do avanço de uma frente fria pela região Sudeste do Brasil.
De acordo com informações do Professor Rafael de Ávila Rodrigues, do Laboratório de Climatologia IGEO/UFCAT, as condições atmosféricas foram agravadas por rajadas de vento que chegaram a 42,48 km/h durante a madrugada deste domingo. Esses ventos intensos ajudaram a deslocar nuvens carregadas de fumaça, fuligem e poeira entre as cidades, criando uma espécie de “tempestade de poeira e fumaça” que tem dificultado a visibilidade na região.

“Estamos observando uma situação crítica onde a combinação de fatores naturais e antrópicos resultou em uma atmosfera extremamente carregada de partículas poluentes”, explicou o Professor Rafael. Ele acrescenta que, após a passagem da frente fria, uma massa de ar frio de origem polar deverá avançar sobre a região, provocando um declínio nas temperaturas.
A previsão é que a fumaça permaneça sobre Catalão e cidades vizinhas por mais dois dias, com uma gradual melhora na qualidade do ar à medida que as condições meteorológicas se estabilizem. Entretanto, a situação alerta para a necessidade de maior controle das queimadas, que têm se intensificado nesta época do ano.
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Cidade de Catalão, Goiás, registro às 6h40
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Cidade de Douradoquara, Minas Gerais.
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Cidades de Três Ranchos e Cumari, Goiás
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Cidade de Ipameri, Goiás
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Fontes: IGEO/UFCAT/INMET
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