O julgamento foi conduzido pelo juiz Felipe Sales Souza, que presidiu os trabalhos do tribunal do júri e garantiu o cumprimento dos procedimentos legais.

Após um processo de mais de uma década, a justiça determinou que o réu cumpra 26 anos de reclusão por homicídio qualificado contra Priscila Brenda Martins. O caso também envolveu a ocultação do cadáver e falsos testemunhos, resultando em condenações adicionais.
Na última sessão plenária realizada em Catalão, realizada na última terça-feira, 19, o conselho de sentença decidiu pela condenação de Paulo Vitor Azevedo pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver, em relação à vítima Priscila Brenda Pereira Martins, assassinada em 2012. O réu, que havia sido denunciado pela prática dos crimes, recebeu a pena de 26 anos de reclusão, após o julgamento que contou com a análise minuciosa das circunstâncias e qualificadoras do crime.
Durante o julgamento, foi ressaltado que o acusado agiu com extrema frieza e motivação fútil ao cometer o assassinato de Priscila, uma adolescente de apenas 14 anos na época dos fatos. O crime foi praticado por ciúmes e com o intuito de ocultar a autoria do delito, demonstrando a falta de remorso do réu. A pena foi aumentada por conta das graves consequências do crime, que geraram intensas repercussões na família da vítima, que sequer pôde realizar um velório adequado.
A decisão também envolveu a análise de provas, como interceptações telefônicas que evidenciaram a personalidade controladora e violenta de Paulo Vitor, o que contribuiu para a exasperação da pena. Além disso, o réu foi responsabilizado por ocultação de cadáver, mas a prescrição do crime foi reconhecida, tornando essa parte da condenação inválida.
Embora a pena tenha sido inicialmente fixada em 18 anos, ela foi aumentada para 26 anos de reclusão devido à gravidade do homicídio e da ocultação do cadáver. A sentença, contudo, não se tornou definitiva, pois os advogados do réu recorreram, e a decisão pode ser revista pelo Tribunal de Justiça de Goiás.
Além disso, o julgamento revelou a prática de falsos testemunhos durante o processo. O conselho de sentença identificou que três indivíduos prestaram depoimentos fraudulentos, o que gerou novos desdobramentos no caso. A Polícia Militar foi acionada para conduzir os acusados de falso testemunho à Delegacia de Polícia para as providências cabíveis.
Com a decisão de condenação, a justiça de Catalão reitera a busca pela responsabilização plena de Paulo Vitor Azevedo pelos crimes cometidos, sendo determinado o cumprimento imediato da pena, conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. A sentença encerrou uma etapa importante do caso, que, ao longo de mais de uma década, trouxe dor e sofrimento para a família de Priscila Brenda.
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