Sessão anterior foi anulada devido à quebra de incomunicabilidade dos jurados; defesa nega autoria e busca absolvição

Na ocasião, P.V.A. foi condenado pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver, com pena de 18 anos de reclusão. No entanto, a defesa argumentou que uma jurada havia manifestado opiniões públicas sobre o caso nas redes sociais, comprometendo a imparcialidade do júri. Diante disso, o TJ-GO decidiu por unanimidade anular o julgamento e determinar a realização de um novo Tribunal do Júri. Até lá, o acusado responderá em liberdade.
Outro réu que havia sido indiciado no caso foi absolvido no julgamento de 2023 e está livre de acusações.
Posicionamentos:
Em entrevista ao Zap Catalão, Luciene Pereira da Silva, mãe da adolescente, desabafou sobre a longa espera por justiça:
“São mais de 12 anos de dor e espera. Só quero justiça pela minha filha, para que o culpado finalmente pague pelo que fez.”
Por outro lado, o advogado de defesa do acusado, Dr. Leonardo de Paula, sustentou a inocência do réu e destacou a falta de provas contundentes:
“Não há nenhum tipo de prova que mostre que Priscila Brenda foi morta ou que o acusado ocultou seu cadáver. A linha de defesa é a negativa de autoria, e buscamos a absolvição desse último acusado.”

Assista entrevista:
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Entenda o caso:
Priscila Brenda foi vista pela última vez em 11 de dezembro de 2012, no distrito de Pires Belo, no município de Catalão, ao entrar no carro do namorado. Em fevereiro de 2014, ele e um amigo foram presos pela Polícia Civil e indiciados pela morte e ocultação do cadáver da jovem. Em outubro de 2017, a Justiça de Catalão determinou que ambos fossem submetidos a júri popular. No entanto, a defesa recorreu, e o caso foi remetido ao TJ-GO, em Goiânia.
Com a nova data marcada, familiares e amigos de Priscila esperam que a justiça seja feita. O caso, que gerou grande repercussão em Catalão e região, segue como um dos mais emblemáticos na luta por responsabilização dos culpados.