Bolo envenenado: mulher suspeita de envenenar a família do marido em Torres (RS) viveu em Catalão (GO)

Segundo o site GaúchaZH, Deise Moura viveu em Catalão entre 2013 e 2017. A mudança foi motivada pelo trabalho do marido, e o caso ganhou repercussão por envolver envenenamento com arsênio e conflitos familiares

Deise Moura dos Anjos, suspeita de envenenar bolo que matou três pessoas no RS — (Foto: Reprodução)

Deise Moura, suspeita de envenenar familiares do marido em Torres (RS), viveu em Catalão (GO) entre 2013 e 2017, segundo informações do site GaúchaZH. A mudança foi motivada pelo trabalho de Diego Silva dos Anjos, funcionário de uma indústria de máquinas agrícolas, com custos cobertos pelos pais dele.

Formada em gestão financeira, Deise acumulou passagens por cidades como Canoas e Nova Santa Rita (RS) e Indaiatuba (SP). Sua trajetória chamou atenção após um bolo envenenado com arsênio, na véspera de Natal de 2024, matar três mulheres e deixar outras duas pessoas hospitalizadas.

Investigação e histórico familiar

A polícia, no âmbito da “Operação Acqua Toffana”, confirmou que Deise está envolvida em um triplo homicídio qualificado e tentativa de homicídio. Exames identificaram arsênio na urina de seu marido, Diego, do filho do casal e da sogra, Zeli Teresina dos Santos. Além disso, a morte de seu sogro, Paulo Luiz dos Anjos, em setembro de 2024, também foi atribuída ao veneno, encontrado em leite em pó.

Conflitos familiares anteriores incluem desavenças com a sogra e outros parentes do marido, marcados por manipulação e ciúmes. Mensagens no celular de Deise mostraram que ela pesquisou sobre arsênio e tentou apagar vestígios dos crimes, como ao sugerir a cremação do corpo do sogro. As investigações buscam esclarecer outras possíveis mortes em seu círculo próximo e compreender suas motivações.

O caso, de grande repercussão, destaca intrigas familiares e a suspeita de envenenamentos sistemáticos, sendo comparado a crimes históricos, como o da “envenenadora de Monserrat” na Argentina.