Alípio, nascido em Monte Carmelo e morador de Uberlândia, está entre as vítimas do avião que caiu no interior de SP

Alípio Camilo dos Santos Neto, de 36 anos, volta do trabalho para casa quando o acidente aconteceu. O avião com 58 passageiros e quatro tripulantes saiu de Cascavel (PR) e seguia para Guarulhos (SP); ninguém sobreviveu.

Alípio Camilo dos Santos Neto, o ‘Bolinha’ — Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

Alípio Camilo dos Santos Neto, o “Bolinha”, de 36 anos e natural de Monte Carmelo, está entre as 62 vítimas do avião que caiu em Vinhedo (SP), no início da tarde de sexta-feira (9). Ele retornava para Uberlândia, onde mora, quando o acidente aconteceu. Ninguém sobreviveu.

O avião com 58 passageiros e quatro tripulantes saiu de Cascavel (PR) e seguia para Guarulhos (SP). Inicialmente, a Voepass noticiou que 61 pessoas tinham morrido após a queda do avião. Na manhã de sábado (10), o número de mortes subiu para 62.

A aeronave ATR-72 transportava 58 passageiros e quatro tripulantes. Foto/ Reprodução

Alípio trabalhava há 16 anos em uma empresa de processamento de proteína animal e estava em Cascavel a trabalho.

Em nota a BRF, empresa em que o passageiro trabalhava, lamentou o seu falecimento. Leia abaixo.

“A BRF lamenta profundamente o ocorrido e informa que está prestando total apoio à família do colaborador.”

Jhonatas Silva, de 41 anos, contou a reportagem sobre a dor de ter recebido a notícia do falecimento do amigo Alípio, com quem tinha amizade há 18 anos.

“Receber essa notícia foi uma dor enorme no peito. Ele fez uma postagem no grupo e só descobri por volta das 16h que ele estava no avião que caiu em Vinhedo. Ele estava com o casamento marcado e havia perdido o pai há pouco tempo. Somos amigos há 18 anos, crescemos juntos, fomos estudar em Uberlândia. Ele era muito bom, nunca alterava a voz e estava sempre disponível. Muito triste saber que sua vida terminou assim”, desabafou.

Nas redes sociais, amigos e familiares também lamentaram a morte de Bolinha.

“Era um menino humilde, brincalhão, de família trabalhadora, corinthiano. Foi estudar em Uberlândia e estava bem profissionalmente. Uma perda lamentável. Triste para quem o conhecia. Fico estarrecido pela Maria, mãe dele”, contou a reportagem Alex Basílio, um dos amigos de Alípio.

Cronologia

A aeronave voou por 1 hora e 35 minutos sem qualquer registro de ocorrências, até fazer uma curva brusca, despencar 4 mil metros em aproximadamente 1 minuto e sumir do radar, após explodir no terreno de uma casa em um condomínio residencial.

Ainda não se sabe o que causou o acidente, mas a queda em espiral sugere a ocorrência de um estol — que acontece quando a aeronave perde a sustentação que lhe permite voar —, segundo especialistas.

Apesar de nenhuma pessoa fora da aeronave ter ficado ferida, algumas precisaram deixar suas casas devido o avanço da fumaça para dentro das residências – Reprodução/TV Globo

Veja, abaixo, da decolagem à queda, a cronologia do acidente:

  • A aeronave decolou às 11h46 e o voo seguiu tranquilo até 12h20.
  • Após 24 minutos, subiu até atingir 5 mil metros de altitude às 12h23, e seguiu nessa altura até as 13h21, quando começou a perder altitude.
  • Nesse momento, a aeronave fez uma curva brusca.
  • De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), a partir das 13h21 a aeronave não respondeu às chamadas do Controle de Aproximação de São Paulo, bem como não declarou emergência ou reportou estar sob condições meteorológicas adversas.
  • Às 13h22 – um minuto depois do horário do último registro – a altitude estava em 1.250 metros, uma queda de aproximadamente 4 mil metros.
  • A velocidade dessa queda foi de 440 km/h.
  • O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) informou que o ‘Salvaero’ foi acionado às 13h26 e encontrou a aeronave acidentada dentro de um condomínio.

Com informações G1 Triângulo e Alto Paranaíba.

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