Acusados de matar jovem de 21 anos por engano em estacionamento de chácara de eventos vão a júri popular em Catalão

Crime ocorreu em uma chácara localizada às margens da GO-050 em Catalão. Segundo o Ministério Público, vítima foi confundida com outra pessoa e assassinada a tiros; julgamento será às 8h30 no Fórum da Comarca de Catalão

Vítima: João Osvaldo Gonzaga Monteiro, 21 anos (Foto: Reprodução/Arquivo família)

Dois homens serão julgados nesta quinta-feira (24) pelo Tribunal do Júri da Comarca de Catalão, no sudeste de Goiás, acusados de matar por engano o jovem João Osvaldo Gonzaga Monteiro, de 21 anos. O crime aconteceu na madrugada de 19 de maio de 2024, no estacionamento de uma chácara de eventos localizada às margens da rodovia GO-050, onde era realizada uma festa.

Relembre o crime:

De acordo com a denúncia do Ministério Público de Goiás (MPGO), os acusados tinham como alvo outro homem, mas confundiram a vítima em razão das roupas semelhantes. João Osvaldo foi atingido por disparos de arma de fogo na região da face e da nuca, morrendo ainda no local. A vítima estava desarmada e foi surpreendida de forma repentina, sem chance de defesa.

O Ministério Público sustenta que o homicídio foi cometido por motivo torpe, supostamente a mando de uma facção criminosa. Ainda segundo a denúncia, dois adolescentes teriam sido corrompidos e participaram da ação criminosa junto aos acusados.

O julgamento será realizado a partir das 8h30 na sede do Fórum da Comarca de Catalão, sob responsabilidade da 2ª Vara Criminal. O MP também solicitou que, em caso de condenação, seja fixado um valor mínimo de R$ 10 mil, por parte de cada réu, como forma de indenização à família da vítima.

A mãe de João, Elizabeth do Rosário G. Monteiro, afirmou que espera por justiça e reforçou o caráter do filho: “Meu filho era trabalhador, muito conhecido e querido por todos. Saiu apenas para se divertir e nunca mais voltou. Foi morto por engano, confundido com outra pessoa. A dor é imensa, e tudo o que queremos agora é que a justiça seja feita.”

Até a última atualização desta reportagem, a defesa dos acusados não havia sido localizada. O espaço permanece aberto para eventuais manifestações.