Mais 22 empresas de diversos segmentos econômicos se instalarão em distritos industriais administrados pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego), totalizando investimentos de R$ 95,7 milhões, segundo a companhia. A implantação dessas unidades está prevista para iniciar a partir de maio. A estimativa é que os empreendimentos, juntos, deverão gerar pelo menos 1,2 mil empregos diretos e indiretos no Estado.
Segundo o presidente da Codego, Marcos Cabral, as 22 empresas já estavam com processo em análise na companhia. “Nós tínhamos aproximadamente aqui uns 50 pedidos, dentre eles, esses 22 pedidos já foram liberados, inclusive para implantação. A documentação já está pronta”, diz.
Marcos informa que as novas empresas serão instaladas em terrenos da companhia nos municípios de Abadiânia, Anápolis, Catalão, Goianésia, Itumbiara, Morrinhos, Rio Verde e Senador Canedo. Entre os empreendimentos estão indústrias do setor de alimentos, produtos químicos, reciclagem, construção civil, transporte, mecânica, biotecnologia e nanotecnologia.
O Grupo Cetric (Central de Tratamento de Resíduos Sólidos Industriais), com matriz em Santa Catarina, é um deles. Presidente do grupo, Gustavo Baldissera, informa que a empresa já tem 20 filiais espalhadas pelas Regiões Sul e Sudeste do País. A primeira unidade em Goiás será em Itumbiara. “Mas terão mais cinco em outras áreas que estamos definindo com a Codego”.
O grupo atua desde a recepção dos resíduos nas empresas até coleta e tratamento. As obras da unidade do grupo em Itumbiara, segundo Gustavo, devem começar em no máximo três meses e o investimento inicial da empresa é de R$ 2 milhões.
A Five Elements do Brasil, por sua vez, já iniciou processo de terraplanagem de terreno adquirido no Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia) para construir sua fábrica. Segundo o diretor e acionista da empresa no Brasil, o phd em farmacotécnica industrial Gladstone Santos de Souza, a obra deverá começar já na próxima semana. Só nesta etapa de construção ele avalia que 60 pessoas deverão atuar. Depois de pronta, diz que a expectativa é contratar 150 colaboradores de diferentes níveis de formação.
Segundo Gladstone, a Five Elements Brasil é uma empresa com matriz na Ucrânia, dedicada a aplicação de nanotecnologia para o desenvolvimento de produtos nos mercados agrícola, farmacêutico e de nutrição animal. No Brasil ele diz que a empresa começou se instalar em 2019, com a sede administrativa em Goiânia. Agora, em Anápolis, além da fábrica no Daia, iniciaram projeto de construção de um centro de pesquisa tecnológica. “Tudo sede própria, com investimento de capital particular”, diz. Ele aponta que só na fábrica, que será a primeira da empresa na América Latina, projetam investimentos de R$ 20 milhões.
Mesmo em meio ao cenário de pandemia do coronavírus, diz que a empresa em momento algum pensou em parar o projeto. “É o momento de fazer mais, doar mais, e continuar acreditando, porque lá na frente as coisas vão melhorar.”
O economista Cecílio Daher, que auxiliou o grupo Pérola no projeto de obtenção de terreno no Daia para a empresa implantar fábrica de empacotamento de açúcar, cita que o processo de investimento naquele distrito já havia iniciado bem antes da pandemia. Ter conseguido a liberação agora, não alterou o projeto. “O plano de investimento é para longo prazo, essa fase vai passar”. Ele informa que nesta unidade serão investidos R$ 15 milhões e a previsão é gerar 100 empregos diretos e em torno de 300 indiretos.
Com informações O Popular
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