Movimento reforça a importância de políticas de segurança no trabalho e do direito à integridade física de quem exerce qualquer tipo de atividade.
Com o objetivo de reforçar a conscientização sobre a saúde e segurança no ambiente de trabalho, o mês de abril passou a ser identificado com a cor verde. O movimento, conhecido como “Abril Verde”, tem como foco a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, além de homenagear vítimas de acidentes de trabalho. A escolha do mês está diretamente relacionada ao Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, celebrado em 28 de abril.
A ideia de associar causas importantes a meses do ano ganhou força após as campanhas “Outubro Rosa” e “Novembro Azul”, voltadas à prevenção do câncer. A partir daí, outras datas passaram a ser usadas como instrumento de mobilização social, como é o caso do “Abril Verde”, que chama atenção para um tema muitas vezes negligenciado tanto por empresas quanto por famílias: o cuidado com a saúde do trabalhador.
Segundo Diego Hilário, presidente do Sindicato METABASE, essa reflexão deve envolver todos os profissionais, inclusive os que trabalham dentro de casa. “Uma mulher que cuida da casa também é uma trabalhadora. Se não há condições dignas, ela pode adoecer ou se machucar. Nas empresas, os riscos são ainda maiores devido à alta pressão e exigência do mercado”, destaca.
Para ele, é fundamental que haja diálogo entre empresas e entidades especializadas, que possam criar e manter protocolos eficazes de prevenção. “A criação das CIPAs e das SIPATs foi um grande avanço, mas ainda é preciso ir além”, afirma Diego.
Desde 2009, o Sindicato METABASE vem se dedicando a essa pauta. “Intensificamos nossa atuação a partir de 2012. Hoje temos na diretoria um Técnico em Segurança do Trabalho, um enfermeiro do trabalho, e vários dirigentes capacitados. Realizamos vistorias técnicas que já preveniram diversos acidentes e melhoraram ambientes de trabalho”, explica o presidente.
Diego também reforça um direito pouco conhecido entre os profissionais: o de recusar a execução de tarefas que apresentem risco iminente à vida. “Essa é uma informação simples, mas que ainda passa despercebida por muitos trabalhadores. O ‘Abril Verde’ também serve para lembrar disso”, conclui.
