A Polícia descobriu que pessoas estavam pagando a operadores do sistema de regulação até R$ 5 mil para que fossem incluídas indevidamente na fila de regulação médica e “pulassem” na fila de prioridade

Mais uma pessoa foi presa temporariamente pela Polícia Civil (PC) nesta sexta-feira (10), por suspeita de fraude e corrupção no sistema de regulação médica estadual. Segundo informou a Polícia Civil, a pessoa, que não teve a identidade revelada, estava foragida e se entregou à Polícia nesta sexta-feira.
De acordo com a PC, um dos presos já tinha sido demitido dos quadros do Estado por Corrupção, em 2015, enquanto outro já tinha sido indiciado em 2014. Ainda de acordo com as investigações, o suspeito que foi demitido dos quadros do Estado em 2015, conseguiu assumir um cargo em comissão pela Prefeitura de Goiânia e estava lotado na Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
A reportagem solicitou um posicionamento à Prefeitura de Goiânia, sobre o suspeito que assumiu um cargo em comissão na Secretaria Municipal de Saúde (SMS), mesmo após ter sido demitido do Estado por corrupção. O pedido foi feito às 19h desta sexta-feira e a reportagem aguarda retorno.
Matéria em atualização
Entenda o caso
A Polícia Civil deflagrou na manhã desta quinta-feira (9), a operação Hipócrates, que tem por objetivo de cumprir 22 mandados de prisão temporária, de busca e apreensão e de afastamento cautelar das funções públicas, em decorrência da prática de fraudes e corrupção no sistema de regulação médica estadual.
Durante a investigação, a Polícia descobriu que pessoas estavam pagando a operadores do sistema de regulação até R$ 5 mil para que fossem incluídas indevidamente na fila de regulação médica e “pulassem” na fila de prioridade, a fim de que pudessem realizar cirurgias eletivas, consultas médicas, exames e internações a serem custeados pelo serviço público de saúde.
Ao todo, quatro pessoas foram presas, entre elas um ex-prefeito de Teresina de Goiás e um vereador de São Miguel do Araguaia. Procedimentos que não eram considerados urgentes e que demorariam até dois anos foram autorizados e feitos em poucos meses.
Estão sendo cumpridos mandados em Goiânia, Goianira, Anápolis, Damolândia, São Miguel do Araguaia e Teresina de Goiás. São investigados crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, inserção de dados falsos em sistema de informação e associação criminosa.
A reportagem solicitou posicionamentos à Prefeitura de Teresina de Goiás às 12h desta quinta-feira (9), e aguarda retorno. Em nota, a Câmara Municipal de São Miguel do Araguaia afirmou que até o presente momento não tem conhecimento oficial sobre a operação apontada.
Nota da Câmara Municipal de São Miguel do Araguaia na íntegra
“A Câmara Municipal de São Miguel do Araguaia até o presente momento não tem conhecimento oficial sobre a operação apontada. Nosso conhecimento se dá tão somente aos fatos já reportados pela imprensa.”
Com informações O Popular. (Adaptada)
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